sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Tem dias que mesmo estando tudo bem a gente sente vontade de fugir, mas não de tristeza, nem de desespero, nem pela fatura absurda do “cartãodecréd”, mas por simplesmente querer ir prum lugar legal, conhecer gente com uma história de vida interessante, tomar um suco de um sabor diferente, e sempre que me acontece isso eu só consigo relacionar esse desejo a um lugar: Itaúnas!
Itaúnas é o lugar onde eu quero passar os últimos dias da minha vida, onde eu quero continuar passando todos os meus carnavais, é o lugar onde há a maior concentração de gente bacana e bonita por metro quadrado, e quando eu digo gente bacana nem de longe me refiro aquele cara bombado da academia que se pudesse comeria a si próprio de tanto que o gajo se olha no espelho, tampouco aquela mocinha que só pensa em dieta e tintura de cabelo (e ler um livro nem pensar).
Legal mesmo é conhecer um povo do circo de Brasília que veio pra Itaúnas e pra se manter aqui no carnaval faz malabares na praia, legal mesmo é conhecer um nativo que mora em Itaúnas “e em todos os lugares do Brasil”, legal mesmo é conhecer um povo que veio de São Paulo pra aprender a dançar pé de serra aqui, e muito, mas moeeeto legal mesmo é não ouvir axé em nenhuma parte deste pequeno paraíso, é parar pra comer uma coxinha quando o dia já está amanhecendo e a gente está saindo do Buraco do Tatu, é chegar num dia e no outro já ser tratada como local é depois de comer a coxinha ir pras dunas curtir o nascer do sol com mais todo o povo que estiver hospedado na ilha.
Bicho grilo eu? A resposta é não, já que eu adoro as mordomias que morar na cidade me proporciona, não sei viver mais sem cinema, delivery etc e talz.Mas quando eu chego a Itaúnas eu viro uma pessoa melhor,e quando eu saio de lá eu sou uma pessoa mais emotiva e mais tranqüila e com um cabelo muito louco e sempre que a gente entra naquele ônibus lotado carregando muitos números de telefone e graças ao advento da internet muitos emails e endereços de orkut me cai uma lagriminha.
E em dias como hoje, que eu não estou triste, mas estou saudosa, eu sei que é de lá... Eu sei que é lá que eu queria estar, e aí é impossível não cantar aquela musiquinha:

“Vamos fugir, deste lugar baby
Vamos fugir, pra onde haja um tobogã
Onde a gente escorregue,
Todo dia de manhã, flores que a gente regue,
Uma banda de maçã, outra banda de reggae...”

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